O que considerar na hora de reajustar sua matrícula?
O tema reajuste de mensalidades é um que sempre está envolvido em debates e questionamentos. Seja pelos responsáveis financeiros, que buscam economizar e estender a manutenção dos valores pagos mensalmente, ou pelos gestores escolares, que visam adequar os valores das mensalidades ao custo de manutenção da escola e dos serviços prestados. Os dois pontos, consequentemente, geram muitas tensões nas reuniões e encontros.
Por isso, é importante trazermos o assunto para a discussão.
O contexto do gestor escolar
Partindo da premissa do administrador da instituição de ensino, todos os anos há uma taxa inflacionária relevante e é necessário reajustar os valores pagos para inúmeros fornecedores, funcionários e parceiros.
E o não pagamento de todos os débitos referentes a fornecedores e prestadores de serviços pode causar prejuízo em todas as áreas da escola e, até, paralisar completamente suas atividades.
Ainda, deve-se ter atenção aos reajustes para não resultarem em perda de alunos.
Cenário atual é preocupante
Segundo levantamento realizado pelo O GLOBO, nos anos de 2020 e 2021, os colégios privados perderam quase 1 milhão de alunos. Já o levantamento realizado pela TV GLOBO com dados do Censo da Educação Básica 2021, mostra que somente a capital paulista perdeu mais de 16 mil vagas no ensino privado.
O primeiro passo
O primeiro passo para decidir o reajuste anual de mensalidades é criar a planilha de custos. Ela deverá conter todo o planejamento de custos para o ano seguinte, isto é, tudo que o colégio pretende investir em recursos materiais, infraestruturação, recursos humanos e tecnológicos.
É muito importante ter atenção na confecção e atualização desses dados, pois, segundo a lei, os pais poderão solicitar a escola que disponibilize tal documento e que seus dados confirmem a necessidade de alteração nos valores praticados.
Lei das matrículas
É importante lembrar que a Lei nº 9.870/99, conhecida como lei das mensalidades, rege o procedimento de reajuste de mensalidade para ensino infantil, fundamental, médio e educação superior. Nela é explicitado que as instituições de ensino privado precisam indicar os valores das mensalidades dos cursos uma vez ao ano, exceto para os de início semestral. Isso impossibilita os reajustes e a correção de rotas, por meio de aumento na mensalidade, ao longo do período letivo.
O que importa
Reveja, em detalhe, todos os pontos para considerar na decisão do reajuste anual:
- Inflação anual (INPC acumulado dos últimos 12 meses);
- Reajuste de professores e funcionários (que pode ser por aumento de remuneração definido em contrato ou por acordo coletivo);
- Investimentos que serão realizados (importante constar na planilha de custos);
- Custo de despesas/manutenção (que geralmente são maiores em turmas do infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental);
- Lucro da escola.
Tome o rumo
Como visto, há uma série de regulações e pontos que devem ser considerados sobre o tema. Por isso, é importante acompanhar cada detalhe antes de tomar uma decisão final. A kedu está disponível para te ajudar sobre esse assunto e muito outros, fale com um de nossos executivos que terão prazer em lhe ajudar, clique aqui.