A escola tem papel fundamental e participação direta no desenvolvimento dos seus alunos, colaborando não somente na formação formal dos jovens, mas também no progresso sócio emocional e nas relações desenvolvidas. Isso acontece porque boa parte da infância e adolescência dos alunos são vividas dentro das instituições de ensino, período esse em que amizades são feitas e desfeitas, relações são construídas e consequentemente onde os primeiros sinais de problemas de saúde mental podem surgir.
Isso não significa que esses sinais tenham ligação com a escola, eles podem ter diferentes fontes, às vezes é um problema familiar como a separação dos pais, cobrança excessiva por parte de algum responsável, os fatores são inúmeros, mas todos refletem dentro da sala de aula e nas demais áreas da vida do aluno. O que estamos querendo deixar claro é que independente de onde surja a problemática o colégio deve oferecer apoio quanto à saúde mental para o seu corpo discente e estimular atividades e projetos que reforcem isso dentro e fora das salas de aula.
Por maior que seja a sua escola, é de extrema importância que o seu time de professores e pedagogos estejam atentos aos sinais que os alunos possam apresentar. Por mais que seja desafiador, visto que cada aluno possui suas particularidades, é urgente a necessidade de um olhar mais cuidadoso e amoroso com cada um deles. É válido lembrar que isso não se limita somente ao papel do professor, que é o contato direto do aluno em sala, mas sim a toda a instituição de ensino. E então você se pergunta, como fazer isso de maneira eficaz?
A gente te responde, para iniciar, o mais básico de tudo é que a escola disponha de um profissional da área da saúde mental, como um psicólogo, para que ele faça esse acompanhamento não só com os alunos, mas até mesmo com as famílias quando necessário. Outro ponto importante é que a instituição desenvolva projetos relacionados à saúde mental, a ideia é que o assunto não seja tratado como tabu dentro das escolas, mas sim como ponto importante de discussão.
Uma ótima iniciativa são as rodas de conversa, onde um ambiente acolhedor é formado e o local de escuta é oferecido para esses alunos. A escola pode separar temas que envolvem a saúde mental e trazer para a roda com o intuito de levar informação para os alunos como também como maneira de abrir espaço para tirar dúvidas e um garantir um diálogo facilitador e compreensivo para ambas as partes. Inclusive, quando necessário, esse tipo de iniciativa pode envolver as famílias dos alunos, a fim de que eles também possam interagir mais e entender sobre essas questões que refletem dentro e fora da escola.
Além da roda de conversa, existem outras iniciativas que podem auxiliar nesse processo de desenvolvimento sócio emocional, como:
- Incentivar a autoestima
Procure oferecer o mesmo apoio e atenção para todos os alunos, principalmente para aqueles que não estão se saindo tão bem nas atividades. É válido lembrar que viemos de um período extremamente complicado de pandemia e que a forma de estudar e aprender precisaram se reinventar e nem todos os estudantes conseguiram alcançar os mesmos níveis de aprendizagem durante essa época, por isso é tão importante paciência com cada um deles. Afinal, cada aluno possui um tempo e forma de desempenho diferente. Dessa maneira, o ideal é estimular a sua autoestima para que eles não fiquem desmotivados.
- Procure ser uma escola aberto ao diálogo
É comum que quando o aluno se sente vulnerável ou apresente sinais de ansiedade, por exemplo, que ele não se sinta tão confortável para falar sobre, mas quando a escola apresenta ser um local acolhedor, confiável e compreensivo o aluno pode se sentir mais confortável em procurar ajuda. Por isso, esteja aberto ao diálogo, mostre para os jovens que eles podem e devem falar como se sentem.
- Realize atividades socioemocionais
Quanto mais a escola for aberta a proporcionar diálogos sobre saúde mental, mais oportunidades ela terá de entender os seus alunos. Incluir essa pauta dentro dos projetos da instituição é bastante benéfico, dessa maneira fica ainda mais evidente o quanto o assunto é importante e cria um maior vínculo com os alunos. A escola pode providenciar palestras com profissionais da área, trabalhos realizados pelos alunos para serem apresentados, podem incluir dentro da programação da semana cultural uma atividade acerca do assunto, enfim, são inúmeras oportunidades que podem ser trabalhadas a fim de estreitar a relação escola e aluno sobre a temática.
- Não fujam do tema!
Sabemos que conversar sobre depressão não é exatamente fácil, principalmente quando estamos lidando com crianças e jovens, mas não falar não é uma opção, infelizmente a nossa realidade mostra que cada vez mais jovens apresentam sinais de ansiedade, pânico e depressão, ou seja, doenças ligadas a mente e por isso se mostra tão importante as escolas atuarem na prevenção disso. Ou seja, debater sobre o assunto, alertar, explicar e dialogar, isso não significa que precisa ser realizado de maneira impactante ou triste, o papel da escola deve ser informativo, levar essa informação de maneira empática e interativa.
Abordar e trabalhar a saúde mental dentro das instituições de ensino auxilia na construção de um senso de comunidade para os alunos e permite que se construa um ambiente mais acolhedor. Além disso, é um caminho que permite um relacionamento ainda maior entre alunos, família e escola, unindo esses três universos em prol de uma sociedade ainda melhor, jovens mais confiantes e relações mais fortes.
Ei, gestor escolar, ainda não possui tempo para focar em projetos que abordam sobre saúde mental na sua escola? Deixa eu te dar uma dica, entre em contato com a kedu e permita que a gente te auxilie com a área financeira te garantindo maior liberdade de tempo para focar no que realmente é importante: educação e o bem estar dos seus alunos.
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