Como seria a escola perfeita? Será que ela existe? O que precisa mudar? Essas são perguntas que movimentam estudantes, especialistas, educadores, gestores e representantes do terceiro setor, a fim de compartilharem experiências voltadas para a educação. Porém a grande mudança está no desenvolvimento das competências socioemocionais que a escola incentiva nos alunos. Mas o que é isso? Qual a sua importância? E qual o papel da escola diante disso?
Competências socioemocionais são habilidades ligadas às emoções e desenvolvidas ao longo do tempo. Para conseguir identificar quais as nossas habilidades e aprender como desenvolvê-las é preciso traçar uma jornada do autoconhecimento. O início dessa jornada se dá na escola, local no qual pode nos ajudar com as diversas dúvidas e formas de entender as constantes transformações ao nosso redor.
As competências socioemocionais na escola
De acordo com o consultor e conferencista na área de educação Júlio Furtado, é de extrema importância que as escolas desenvolvam urgentemente nos alunos as chamadas competências socioemocionais ou não cognitivas, como também são conhecidas, para não correr o risco de formar cidadãos improdutivos no futuro, pela falta dessas competências.
Nas suas palestras, o conferencista fala ainda, que essas habilidades estão ligadas nas próprias atitudes e relação que as pessoas implementam nas suas vidas e divididas em cinco grupos:
Autogestão: que é a responsabilidade que eu tenho do meu desenvolvimento, como foco, organização, persistência, responsabilidade;
Abertura para o novo: a maneira que eu tenho de enfrentar as coisas sem o medo de fracassar, com curiosidade de aprender, imaginação criativa e interesse artístico;
Amabilidade: o trato com as pessoas, a solidariedade, empatia, respeito e confiança. Compreender as outras pessoas, colocando-se no lugar delas com afeto e responsabilidade.
Resiliência emocional: como eu lido com as consequências que as minhas relações trazem, autoconfiança, tolerância a o estresse e frustração;
Extroversão: que está ligada a sociabilidade, a capacidade de conquistar o outro e ser positivo, ter iniciativa, assertividade, entusiasmo e engajamento social.
Os pilares trabalhados na escola
Os sistemas de ensino devem estar fundados em quatro pilares: conhecer, aprender, ser e conviver. Esses pilares devem ser desenvolvidos no aluno de modo a exigir uma disciplina dele e do educador, como: visão integral do aluno por parte da escola e do professor, além de usar recursos mediadores como jogos, vivências, artes, metáforas, etc, e também à mudança da prática docente, a formação continuada e em serviço do professor.
A escola que trabalha o lado cognitivo do aluno, desenvolve nele uma mudança que aflora o lado social com maior segurança, como por exemplo: a desenvoltura com os colegas e professores, o respeito pela escola dando uma sensação de pertencimento. Isso é parte da formação de um cidadão mais completo.
Dentro desses aspectos e habilidades, estão inseridos também uma questão voltada para o comportamento empreendedor. Essa é uma relação feita através do espírito de inovação e sustentabilidade de opiniões que são levados ao desenvolvimento do empreendedorismo nos alunos, ligada a questões observadas no mercado de trabalho, que admite por questões técnicas e acaba demitindo por razões socioemocionais, justamente pela falta de prática delas.